segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dominação e desigualdades sociais




A desigualdade social no mundo é brutal, monstruosa e tende a aumentar ainda mais no transcorrer dos anos, a ponto de termos o Planeta Terra lotado de miseráveis e famintos, numa convulsão social jamais vista no mundo, onde reinará a insegurança, terror e desordem, num caos total, a não ser que medidas preventivas sejam tomadas de imediato por todas as nações.
Medidas essas que vão desde programas de ação social, postos de trabalho, distribuição de renda mais justa, escola, habitação, saúde, saneamento básico, segurança e, respeito pela vida humana.
De acordo com dados da ONU, quase metade da riqueza do mundo está concentrada em apenas 1% da população, em torno de 37 milhões de pessoas e os mais pobres, 50%, detém apenas 1% da riqueza. A distância que os separa é gigantesca e catastrófica. À essa distância sobressai miséria, fome, desnutrição, doenças, analfabetismo e morte ás centenas de milhares todos os anos, principalmente no continente africano e América Latina.
São muitos os porquês dessa desigualdade, mas, ao que parece, a causa principal é a ilimitada ganância do ser humano. Não de todos é claro, mas de uma boa parcela. É o eterno egoísmo de sempre querer mais e mais, não importam os meios empregados. Povos e nações são subjugados para atingir objetivos, como é o caso atual do Iraque, Líbano, Palestina, Afeganistão e a disputa pela região de Caximira pelo Paquistão e Índia ou dos fatos aterradores acontecidos em diversos países africanos, com dominação total por parte de países europeus até o século passado, deixando um rastro de sangue, destruição e miséria.
O mesmo aconteceu com países do leste europeu, subjugados a ferro e a fogo até recentemente pela ex-União Soviética, com milhões de mortes e outros tantos de miseráveis e famintos.
Ganância, poder e dominação no transcorrer dos séculos, tendo como exemplo o descobrimento das Américas, cujos povos nativos foram exterminados em quase sua totalidade, na busca de ouro, prata, pedras preciosas, madeiras e a posse de suas terras, principalmente pelos portugueses e espanhóis, desde o início do século 16, por um período superior a 300 anos. O que dizer então do tempo das Cruzadas e da Inquisição (perseguições religiosas dentre outras) que persistiram pelos séculos 16, 17 e 18, um horror sem precedentes. Pura insanidade.
Hoje em dia não são mais as pedras preciosas ou o ouro e a prata os mais cobiçados, mas o ouro negro (petróleo), o nióbio e outros minérios estratégicos que compõem a tecnologia de ponta espacial. Está claríssimo que dentro de alguns anos o bem mais precioso e cobiçado da face da Terra será a água, suas reservas naturais, tanto a flor da terra quanto a subterrânea.
Países ditos de primeiro mundo já se movimentam a respeito, principalmente os Estados Unidos da América, com instalação de bases militares em pontos estratégicos, principalmente aqui no América do Sul. No entanto afirmam ser de “ajuda humanitária”. Acredite quem quiser, pois eles não dão nó sem ponta.
Programas verdadeiros de ajuda humanitária existem nos quatro cantos do planeta, mas são insuficientes ante a insensibilidade de diversos países, principalmente os considerados de primeiro mundo, só que de “primeiro” levam tão somente o título, pois são dominadores, arrogantes, gananciosos, armamentistas e extremamente beligerantes.
A concentração excessiva de renda é brutal e dominante, sempre nas mãos de uns poucos indivíduos, enquanto que a grande maioria, principalmente de jovens, fica à margem do desenvolvimento e, como consequência, cada vez mais convulsão social. Não havendo trabalho e sem uma família em condições de provimento, aumenta radicalmente a pobreza, o jovem parte para outras alternativas para garantir sua sobrevivência, seja através da informalidade ou do crime (drogas, furtos, assaltos, etc.).
De uns anos para cá empresas e organizações não-governamentais estão se voltando para enfrentar o problema com implementação de programas na área social. São ainda poucos em face do abismo que separa ricos e pobres, mas uma esperança viva de que existe solução para o grave problema. Basta querer e deixar de lado a ganância, acúmulo excessivo de bens e poder e começar a partilhar as riquezas do mundo de modo racional e equilibrado. Um estender de mãos sem olhar a quem, com Deus em seu coração.

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